Lima Barreto



Hoje em dia nós vemos o quanto coisas valiosas são deixadas de lado para dar lugar as coisas materiais, e isso se confirma muito na história satírica , "A nova Califórnia de Lima Barreto". Onde é relatado o ridículo do comportamento social, em que a população de uma cidade do interior do Rio de Janeiro descobre que um morador inventou uma forma de conseguir ouro através de cadáveres, assim eles começam uma verdadeira “corrida pelo ouro”, como aconteceu nos Estados Unidos. O autor monta um cenário em que, além da crítica universal ao comportamento humano, ressalta a pobreza de imaginação e falta de criatividade. Com isso os moradores de Tubiacanga deixam o desejo de ter muito dinheiro passar por cima de laços familiares e de qualquer outra coisa, que na prática são muito mais importantes, mas naquele momento parece não ter efeito nenhum, pois no fim da história o autor relata que o tumulto termina em baderna, agressão e mortes. O único a escapar do ridículo da situação é o bêbado de Tubiacanga que, embriagado com o álcool, não se dá conta ou não quer se envolver em algo tão mesquinho e fortemente material. O farmacêutico foge sem revelar o segredo de se transformar ossos em ouro. Essa história nos mostra o quanto as pessoas vão baixo para conseguir o que querem, capazes de esquecer de amigos, familiares,de seus princípios...
A história a primeira vista pode parecer sem nexo, sem noção alguma, mas quando lida com atenção chega a se tornar engraçada em algumas partes, pois é tão mesquinho a forma das pessoas correrem atrás do ouro , que a gente não tem outra reação a não ser rir de uma situação que na verdade causa repúdio, e o texto tem uma linguagem de fácil entendimento.

Voltaire





Esses dias eu estava lendo uma das Crônicas de Voltaire e percebi o quando ele foi sábio ao escreve-la. "A dança" uma das coisas mais inteligentes eu já li. Ele conta de um rei que queria escolher outra pessoa para substituir o tesoureiro de seu reino, pois todos que eram contratados roubavam e ele queria uma pessoa honesta, lógico né? então ele pediu ajuda a Zadig, um homem que veio por acaso a sua ilha. Falou para todos os candidatos dançarem. No começo o rei achou que Zadig estava zombando dele, mais depois que descobriu para qeu serviria essa misteriosa dança ele adorou. os candidatos a tesoureiro astes se entrarem ao salão principal, passava por uma sala escura onde estava todos os tesouros do rei, e depois quem dançasse mais levemente seria o contratado, de todos, apenas um dançava de tal jeito, pois os outros mal de mexiam, pois haviam roubado algumas riquezas do rei e enxido os bolso, assim não podia dança direito.
*O autor françes viveu numa época onde a ingreja católica ainda exercia forte controle na sociedade civil, e foi um critico do catolicismo e de outras instituições francesas que exerciam controle moral.

Essa crônica me serviu muito como exemplo, apesar de ser escrita a muito tempo atras, eu ainda vejo essas coisas anti- éticas acontecerem atualmente.