Álvaro Cardoso Gomes


Nesta tarde de domingo, estava lendo ''Paloma'' de Álvaro Cardoso Gomes, uma carta muito interessante, mostrando arrependimento pelo crime que cometeu contra uma pessoa que sempre lhe fazia mal, na carta que manda diz como é difícil a vida num presidio, como tem pessoas que mandam lá dentro, sendo corrompidos pelos presos.
O texto é um apelo a mãe que ela acredite que Paloma era uma pessoa boa, e como ele quer ser transferido pedindo para que sua mae pessa ajuda ao seu tio, ele fala como sua mãe foi importante pra ele e que mesmo com o amor, o carinho, e a dedicação ele tomou o pior rumo, acabou se envolvendo com pessoas de carater duvidoso.
Compreendi nesse texto, uma falta de ética total do ser humano, e como isso passa de pessoa para pessoa, um que lhe faz mal, você acaba descontando em outros, para ''esfriar a cabeça'' , no caso do livro ele mata uma pessoa, a falta de ética dos carcereiros e chefes do presidio que são hoje facilmente corrompidos. Tão ingratos com a população que sofre com os crimes e tende a aceitar isso, porque já se tornou natural este tipo de ato, crianças aprendem cedo a fazer este tipo de coisa e mães chatas acabam sendo as boas idealizadoras pra um futuro prospero do filho, para que não aceite suborno, e que seja sempre ÉTICO.

Machado de Assis


Em casa, estava lendo o conto ''conto de escola'' de Machado de Assis, e reparei como o tempo passa e tentei distingüir esses distintos tempos de escola. No conto relata como as crianças eram e tinham a ética em si desde pequenos, como deviam se portar no colégio, sempre prestando atenção as aulas sem desdenho, como se fosse a lição mais importante daquele dia, pois aqueles que não sabia o que foi dito na aula era castigado, ajoelhando no milho, tomando palmatorias e etc. Hoje reparo como temos liberdade e nao sabemos aproveita-la, não sabemos dizer o que é ético e o que não é dentro de uma sala de aula, em sua maioria sem total interesse e sem medo de ser levado a direção por desrespeitar o professor, pois nao há mais a temida palmatória, que as vezes vejo como ela seria útil para um melhor desempenho dos alunos atualmente.
No conto mostra um menino pobre que não tem uma vida muito confortável, com suas notas rasoavéis, vai sendo o sufiente para o filho do professor que já havia reprovado o pagasse para que lhe ensinasse a matéria, pra ele foi pago uma moeda de prata se explicasse o conteúdo, mesmo com a maior delicadeza, o professor vê, e toma a moedinha de prata do menino e diz como é feio subornar uma pessoa pra que ela te ensine algo, que é sempre ético uma pessoa fazer sem pensar em recompensa, logo os dois recebem o castigo de 12 palmatórias para que aprendam que é necessário o companherismo sem o pagamento por uma simples explicação. Já hoje ninguém faz nada sem pensar em dinheiro primeiro, a fraternidade não existe mais, e a ética vai virando uma palavra sem valor e sem signifcado ao passas dos anos.

Guido Fidelis


Estava numa noite lendo o conto "Conversa de comadres à espera da morte" de Guido Fidelis, e notei como as pessoas nâo tem muito o que fazer, a não ser fofocar. Fofoca e totalmente anti-ético, com sempre é dito se não gostas que fales de ti, não fale dos outros. Mulheres e homens deveriam pensar um pouco mais na sua vida, no seu futuro, e em sua família.
No conto, vizinhas conversam sobre uma senhora prestes a morrer, mas do que pensarem em rezar e melhorar a situação da pobre mulher, ficam tentando faze-la morrer mais rapido, fazendo rituais para sua alma ir mais depressa e sem sofrimento, e ainda dividir o dinheiro e os bens da idosa para enterro e o que sobrar fica para elas, pois sabem de sua vida inteira, como não ter filhos e ser viúva, ainda mais anti-ético é 'roubar' o dinheiro com fins lucrativos para si.
Concluí, que sabio é aquele que permanesse calado com os segredos e sempre é calteloso ao conta-los, do que aquele que conta para se sentir com mais moral e estar sempre no grupos para sempre saber o que acontece na vida dos outros. Pessoas que se sentem felizes em contar os problemas alheios nunca tendem a subir ou encontrar oportunidades na vida, pois do que se empenhar para ter um futuro promissor, prefere uma vida sofrida com problemas e dividas, mas sempre fofocando.

Lygia Fagundes Telles







Lygia Fagundes Telles:


" O comum e o avesso da vida"


Sensível e profunda mostra sempre várias facetas do ser humano.


Ao ler "Antes do baile verde", Lygia Fagundes Telles, faz uma radiografia moral do egoísmo e da mesquinharia humana. De um lado, o pai enfermo, do outro, a filha que só pensa em si. Na incapacidade de assumir suas falhas, culpa outros fatores. Percebe-se uma nítida preocupação em tentar se justificar de tudo não só para a empregada como também para si.

Nesta história, uma jovem se prepara animada para o grande baile a fantasia de sua cidade, em que todos devem comparecer vestidos com roupas verdes. No quarto ao lado, seu pai doente agoniza em seus últimos minutos de vida. A jovem, movida pela vontade egoísta de se divertir num simples baile ao invés de assumir a responsabilidade inconveniente de cuidar do pai, inventa a todo momento as maiores desculpas para si mesma.
Acima, um desenho sobre essa obra que me encantou tanto.




Moacyr Scliar

Moacyr Scliar

“A realidade com muita fantasia”.

Moacyr Scliar é um homem versátil, que escreve livros para jovens e adultos e mistura sérias críticas sociais com magia e fantasia, e lembranças de sua infância que fizeram parte de sua história, que sempre tem um desfeche final surpreendente. Em sua obra são freqüentes questões de identidade judaica e do mundo da mídia.

"O dia em que matamos James Cagney", faz fecharmos os olhos para imaginar cada cena, cada personagem, que Moacyr Scliar descreve, o que particularmente acho incrível!
James Cagney "o mocinho" que não dava em nimguém, muito que ao contrário, sempre que encontrava o bandido Sam, levava uma surra de quebrar os ossos. Os jovens rapazes que fazem com que vivenciamos junto deles o que assistem na tela do cinema, mas James depois de um período de tempo do filme, de tanto apanhar e já estarmos o praticamente abandonando, resolve ter uma reação. Scliar mostra que queremos uma troca de papéis entre o bandido e o mocinho.
E que as vezes nem sempre torcemos para o bem ou porque queremos uma certa vingança.