Álvaro Cardoso Gomes
Machado de Assis
Guido Fidelis
Lygia Fagundes Telles
Ao ler "Antes do baile verde", Lygia Fagundes Telles, faz uma radiografia moral do egoísmo e da mesquinharia humana. De um lado, o pai enfermo, do outro, a filha que só pensa em si. Na incapacidade de assumir suas falhas, culpa outros fatores. Percebe-se uma nítida preocupação em tentar se justificar de tudo não só para a empregada como também para si.
Nesta história, uma jovem se prepara animada para o grande baile a fantasia de sua cidade, em que todos devem comparecer vestidos com roupas verdes. No quarto ao lado, seu pai doente agoniza em seus últimos minutos de vida. A jovem, movida pela vontade egoísta de se divertir num simples baile ao invés de assumir a responsabilidade inconveniente de cuidar do pai, inventa a todo momento as maiores desculpas para si mesma.
Acima, um desenho sobre essa obra que me encantou tanto.
Moacyr Scliar
“A realidade com muita fantasia”.
Moacyr Scliar é um homem versátil, que escreve livros para jovens e adultos e mistura sérias críticas sociais com magia e fantasia, e lembranças de sua infância que fizeram parte de sua história, que sempre tem um desfeche final surpreendente. Em sua obra são freqüentes questões de identidade judaica e do mundo da mídia.
"O dia em que matamos James Cagney", faz fecharmos os olhos para imaginar cada cena, cada personagem, que Moacyr Scliar descreve, o que particularmente acho incrível!
James Cagney "o mocinho" que não dava em nimguém, muito que ao contrário, sempre que encontrava o bandido Sam, levava uma surra de quebrar os ossos. Os jovens rapazes que fazem com que vivenciamos junto deles o que assistem na tela do cinema, mas James depois de um período de tempo do filme, de tanto apanhar e já estarmos o praticamente abandonando, resolve ter uma reação. Scliar mostra que queremos uma troca de papéis entre o bandido e o mocinho.
E que as vezes nem sempre torcemos para o bem ou porque queremos uma certa vingança.