Até quando?




Cassações por corrupção eleitoral no país subiram 320% em 8 anos

Vemos muito em qualquer lugar que olhamos sobre a corrupção, políticos que roubam dinheiro do povo, desvio de verbas públicas, policiais que se vendem por qualquer dinheirinho para não prenderem ladrões e todas essas coisas que já sabemos...
Chegamos a uma conclusão que o dinheiro, hoje em dia, é mais forte do que qualquer ensino de bom caráter e de honestidade, pois toda uma vida correta é desviada quando é comprada pelo dinheiro. O nosso país é campeão nisso, pois não tem um santo dia que não ligamos a televisão e não vejamos coisas desonestas em nosso governo e o pior de tudo isso é que sempre acaba em NADA, nunca ninguém é culpado, nem vão para a cadeia, muito menos o dinheiro roubado é devolvido. Realmente isso é indignante! Essa tira acima retrata muito bem o que ocorre nas eleições, onde a ética, a boa índole, o caráter nunca são bem vindos e nunca entram no pareo.
Quando vi a manchete que é citada no começo, fiquei sem palavras para expressar o que eu sentia.
A gente vê tudo isso acontecendo e não faz nada? Até quando vamos ficar de braços cruzados vendo tudo desabar? É o que me pregunto... Cadê esse povo forte que quando quer algo vai até o fim para atingir seus objetivos? É triste ver tantas pessoas no país passando necessidades e a gente sabendo que tem muitos se beneficiando em nossas custas, enquanto eles estão em mansões, viajando de avião, comendo do bom e do melhor, outros passam fome, mendigam nas ruas, morrem de frio, vêem seus filhos sofrendo... Isso vai durar até quando? Mais não podemos acusar apenas os políticos, pois o governo é o reflexo de seu povo! Não são só eles que são corruptos e falsos, a população também é assim, do minimo ato de furar uma fila até de se vender em troca de algo é desvio de caráter. É que em nossas mentes apenas os atos maiores é que são considerados inadmissíveis, MAS NÃO! Só o fato de estarmos de comum acordo em ver tudo o que ocorre de errado na administração do país e não fazer absolutamente NADA para reverter essas situação, passamos de vitimas à coniventes da corrupção! Vamos abrir mão de nosso comodismo e fazer algo em prol de nós mesmos.

Lourenço Diaféria





Há algum tempo tinha lido , Os gatos pardos da noite, de Lourenço Diaféria , nela se fala do quanto agente se importa com pequenas coisas , e o quanto descartamos a grande importância a o que deveríamos dar , a aquilo que realmente merece ênfase , também o quanto discriminamos as pessoas , ou coisas pela sua aparência e a nossa ignorância diante de fatos óbvios .

Na crônica a policia ao chegar à noite, procura por um ladrão, que desconfiam morar em um barraco humilde, que para eles, parecia muito suspeito, nele morava-se um homem, uma mulher de 19 anos (Maria do Rosário) e o filho deles, policiais, cercam o barraco, invadem e também da um tiro de bala de chumbo, ao ver o homem, descobrem que ele não é o ladrão tão procurado, pois o homem diretamente ao ser algemado , mostra sua carteira de trabalho , e ao final se vê a mulher aos prantos , ao lado do berço da criança de 1 ano e 6 meses , que levou um tiro na cabeça , os policiais ali presentes , até pensam na hipótese de pedirem perdão , mais pra quê ? , afinal que cirurgião ou médico, nunca cortou a perna errada? . E ao chegar à casa de um dos policiais, o mesmo vê que seu cabelo está a cair, e quase “morre” de desespero ao descobrir isso.

Conclui que com esse tipo de texto , agente vê e reconhece que hoje em dia isso realmente acontece , damos muita importância a coisas desnecessárias, e acabamos esquecendo-se do que realmente importa, pessoas matam umas as outras, ignoram completamente a vida de um ser humano, violência continua sempre, a descriminação apenas pela aparência das coisas ou pessoas , e o quanto somos ignorantes e incapazes de pedir perdão ou nos arrepender dos nossos erros , estamos vivendo em um mundo , medíocre , fútil e banal.

“FALTA AMOR AO PRÓXIMO”

La Fontaine


Alguns dias atrás eu li uma das fábulas de La Fontaine (O lobo e o cordeiro), e refleti sobre seus significados.
Quando somos crianças acreditamos em “final feliz” e que o “bem sempre vence a o mau”, mas hoje em dia percebemos que esses sonhos infantis estão cada vez mais distantes, a cada dia vemos mais desastres, mortes, problemas sociais, pobreza,fome e tudo aquilo já estamos fartos de saber.
Essa fábula, me chamou muito atenção, pois ela retrata o que vivemos nos dias atuais, onde o mal tenta ser superior a todo custo, usando de suas artimanhas malignas contra pessoas de boa índole.
O mal nessa fábula é representado pelo lobo, que se enfeza ao ver o cordeiro (que representa o bem), bebendo de “sua” água, ele vai tirar satisfações com o cordeirinho, mas ele explica o que estava ocorrendo, dizendo que ele bebia a água do riacho abaixo de onde o Sr. Lobo se encontrava, sendo assim não poderia estar contaminando a água que ele bebera, como o lobo viu que ficou sem argumentos começou a inventar fatos que não tinha como ter ocorrido, mas mesmo assim ele reforçava a idéia de estar enfezado com o pobre cordeiro, dizendo que no ano passado ouvira falar que o cordeiro havia dito mal dele, em contra partida o cordeiro lhe diz que no ano passado ele nem era nascido, então o lobo fala que deveria ser o irmão, o tio ou até mesmo os avós do cordeiro, que o mesmo em resposta diz ser filho único, o lobo ficou pensativo e não quis mais saber de argumentos, ali mesmo no riacho agarrou o cordeiro com seus dentes e o devorou.
Então, percebemos que o mal não quer saber das razões de alguém que ele julga ser mais fraco que ele, assim criando um cenário em que o bem fica acuado e não tem escapatórias. Com essa história tirei duas conclusões. A primeira foi que a razão do mais forte sempre acaba prevalecendo naqueles que não conseguem ter poder sobre eles. A segunda foi que quando não temos forças de lutar contra aquilo que achamos que é impossível de vencer, que parece muito mais forte acabamos sendo devorados sem ao menos tentar se impor nas dificuldades.

Katherine Mansfield



Ao ler uma crônica (A casa de Bonecas) de Katherine Mansfield, percebi que no mundo de hoje, somos encaixados em núcleos, os dos pobres ou dos ricos, nos mostrando assim a oposição entre os mesmos. Dividimos-nos hoje em dia apenas pelas classes sociais. Na crônica mostra-se de forma clara como nos tratamos hoje em dia, os personagens são diferenciados pela ida ou não, a casa de bonecas, sabendo-se assim que apenas pessoas de elite entrariam nela. Em meu entendimento a casa, não era apenas uma mera e boba casinha de bonecas, mais era a diferença entre os dois mundos, por ser a realidade encontrada, e retratando perfeitamente o mundo dos ricos, ela dá sinais, de que mesmo os dois mundos serem separados pelas suas diferenças, se mantém sempre interligados, apesar de que pareça que estamos separados, só pela diferença de classes sociais, porém estamos todos sempre no mesmo lugar, separados, apenas por uma barreira invisível aos nossos olhos, e fortemente presente por nossas classes. E o famoso lampião do qual tanto se fala na crônica, simboliza com total clareza, não a diferença, mas a "linha frágil" nas semelhanças existentes entre a classe rica ou a classe pobre. Em virtude do que foi lido, percebi a quão importância damos as diferenças entre os nossos "bolsos”, e que às vezes por sermos um pouco melhor financeiramente que os outros , nos achamos no direito de distingüilos como inúteis e incapazes de ser alguém melhor do que fora agora na vida, em minha opinião, diferença de condições, apenas existe por que queremos, e não por sermos melhores ou piores do que os outros, é que significa sermos mais capacidades, mas sim, que tivemos mais oportunidades oferecidas.